Termina na quarta-feira (15) o prazo de inscrição para a Hackatona SUS Digital, maratona de desenvolvimento e apresentação de pesquisas realizada na Feira de Soluções para a Saúde. O objetivo é que sejam desenvolvidos produtos, serviços e processos com soluções digitais para o enfrentamento de pandemias e crises sanitárias. As ideias precisam ser aplicáveis ao Sistema Único de Saúde (SUS), em especial ao serviço oferecido no Distrito Federal.
As inscrições são gratuitas e devem ser feitas no site. A maratona ocorrerá entre os dias 21 e 23 deste mês e o resultado será divulgado no dia 29. O edital foi lançado pela Fiocruz Brasília, em parceria com a Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF) e a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF).
“A maratona, assim como a feira em si, é uma oportunidade para mostrar para a sociedade o que está sendo feito pela comunidade acadêmica. Ao mesmo tempo, o GDF, a FAP e a Fiocruz podem mostrar que estão comprometidas com o desenvolvimento de novas tecnologias”, explica o coordenador de Tecnologia e Inovação da FAP-DF, Gilmar Marques. O termo hackathon tem origem inglesa e combina as palavras hack (o ato de programar com excelência) e marathon (maratona). A organização do evento decidiu incluir a letra “a” no final da palavra, em apoio às mulheres na ciência e tecnologia.
Com o tema Transformação Digital na Saúde, a Feira de Soluções para a Saúde vai ocorrer entre os dias 27 e 29 deste mês, no Millenium Convention Center, no Clube da Ascade. Além da Hackatona, a programação inclui desde palestras, oficinas e workshops a seminários, sessões de conversa, simpósios e mesas de negociação (pitches). O público em geral pode participar. Basta se inscrever neste link.
Para o subsecretário de Planejamento em Saúde, Rodrigo Vidal, a transformação digital implica, diretamente, na melhoria dos serviços prestados à população e na otimização do uso de recursos públicos. “O recurso financeiro é escasso e, quando se fala em saúde, notamos que o orçamento é limitado. Então, a melhor maneira de usar esse recurso é transformando ativos digitais em ativos financeiros. Isso se dá quando conseguimos digitalizar um processo de trabalho para que o recurso financeiro possa ser aplicado em outra área que é mais analógica, mais manual”, explica Vidal. “Nos últimos 10 anos, podemos citar o prontuário eletrônico. Antigamente, havia uma estrutura enorme de arquivos físicos e profissionais para localizar os prontuários médicos. E, atualmente, todo o recurso com digitalização do processo foi direcionado a outras áreas”, completa.
O edital
Podem participar da Hackatona SUS Digital pessoas físicas e jurídicas, organizadas em equipes de, no mínimo, três e, no máximo, cinco integrantes, que podem ser de instituições e locais diferentes. As inscrições na maratona devem ser realizadas uma única vez pelo líder de cada equipe. Serão selecionadas as quatro propostas com as melhores avaliações.
Conforme o edital, os projetos podem ser voltados a tecnologias de saúde digital para enfrentamento da covid-19 e suas consequências de caráter sanitário, social e econômico; transformação digital para adaptar as instituições de saúde aos novos contextos das tecnologias digitais em ascensão e dos modelos de gestão ligados a elas; e desenvolvimento da ciência cidadã, entre outros temas.
As propostas selecionadas passarão para a fase de desenvolvimento de protótipos e serão incubadas no Colaboratório de Ciência, Tecnologia, Inovação e Sociedade da Fiocruz Brasília. Nesta etapa, as equipes receberão R$ 150 mil no formato de bolsas de estímulo à pesquisa. Já na etapa seguinte, de incorporação da tecnologia, serão distribuídos valores de até R$ 400 mil entre os projetos qualificados e indicados pela Secretaria de Saúde conforme as atividades exercidas, nível de complexidade e necessidade de equipamentos.
Mais informações podem ser obtidas aqui.
Fonte: Agência Brasília