Hospital de Taguatinga é indicado para premiação do Conselho de Arquitetura

Duas características singulares são marcantes no projeto do Hospital Regional de Taguatinga (HRT): a construção a partir de um sistema pré-fabricado de concreto armado e a implantação do edifício em terreno de acentuada inclinação que resultou na concepção de quatro níveis. Esses aspectos garantem aos profissionais e pacientes que frequentam o local vários benefícios, como iluminação natural e conforto térmico, extensibilidade da construção, comum em unidades hospitalares, e valorização de espaços verdes.

Diante do diferencial da construção, o hospital – projetado pelo renomado arquiteto João Filgueiras, o Lelé – recebeu o reconhecimento do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Distrito Federal (CAU/DF) que o indicou à edição 2023 do selo CAU/DF – Arquitetura de Brasília. Para a honraria, foram considerados a manutenção predial e o respeito às características originais dos projetos na análise de fachadas, elementos urbanos, áreas comuns, áreas de acesso ao público e pilotis.

O HRT foi o primeiro hospital projetado por Lelé, e o caráter inaugural deste segmento na obra do profissional o coloca como um prédio histórico. “Este é um edifício importantíssimo do ponto de vista da arquitetura”, reforça o coordenador da Comissão Temporária de Patrimônio do CAU/DF, Pedro Grilo. “Marca o primeiro hospital projetado por aquele que depois veio a ser um dos maiores especialistas em projetos arquitetônicos de hospitais em todo o mundo”.

A carreira do arquiteto possui íntima relação com a construção de Brasília e com o desenvolvimento do país a partir da década de 1950. Depois desse lançamento muitos foram os projetos hospitalares concebidos pelo autor – inclusive o do Hospital Sarah Brasília Centro, premiado neste ano. No total, 19 edificações concorreram nas categorias Hotéis, Hospitais, Edificações escolares, Edificações de escritórios e Blocos de superquadras.

Reformas

Este ano, foram muitas obras na infraestrutura física do HRT. Do alto é possível perceber a reforma das calhas e dos telhados de todo o hospital, além da manutenção do sistema de climatização central do pronto-socorro e da instalação de 20 aparelhos de ar-condicionado em áreas de atendimento de pacientes ou de acomodação de materiais e instrumentos que necessitam de boa refrigeração.

Em nível setorial, a oncologia e a oftalmologia passaram por renovação completa, tendo como foco a ampliação e o aprimoramento do serviço. A expansão, a climatização e a abertura de novos consultórios no espaço, referência distrital para o tratamento de câncer, permitiu ofertar mais consultas a pacientes oncológicos. Em junho, foram 60 usuários atendidos. Em julho, o número saltou para 150. A expectativa é que esse número chegue a 200 ao mês.

Já a reforma do setor de urgência oftalmológica incluiu melhorias no piso, nas paredes e nos tetos, além de mudanças nos móveis e no sistema de iluminação. Também foi instalada uma terceira estação de atendimento, que será utilizada nos momentos de maior fluxo de pacientes, e uma sala para procedimentos como retirada de pontos.

Na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), as obras envolveram 12 leitos – oito na UTI adulto e quatro na UTI pediátrica –, revestimento das paredes, impermeabilização do piso e a substituição de exaustores, armários e aparelhos de ar-condicionado. O pronto-socorro, por sua vez, teve 14 poltronas, duas macas fixas e seis berços reformados.

Todas as adequações no HRT são possíveis graças aos contratos de manutenção regular assinados pela Secretaria de Saúde (SES-DF) em 2022. Ao todo, a pasta fez um investimento de R$ 74 milhões para garantir o funcionamento de 297 unidades. As contratações agilizam serviços como ajustes de instalações de água e energia, pinturas, reparos de pisos, troca de janelas, entre outras necessidades.

*Com informações da Secretaria de Saúde

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