Adote Uma Praça já recebeu 176 propostas de adoção de espaços públicos

Em dois anos e meio de existência, o programa de adoção de áreas públicas, mais conhecido por Adote Uma Praça, já está presente em 21 regiões administrativas do Distrito Federal. Nesse período, mais de 176 propostas de adoção foram feitas por pessoas físicas e empresas. Dessas, 57 foram aprovadas e concluídas, 38 estão em fase de reformas e 64 se encontram em análise pela equipe técnica da Secretaria de Projetos Especiais do Governo do Distrito Federal.

De todas as RAs onde existem praças ou equipamentos públicos adotados, o Plano Piloto e o Gama são as que mais tiveram adesões ao Programa, com 37 e 28 projetos apresentados, respectivamente.

 

“Nos surpreendemos com a grande adesão das pessoas ao programa de adoção de áreas públicas. É uma iniciativa que aumenta a consciência cidadã das pessoas. Agora temos até a adoção de estádios”Roberto de Andrade, secretário de Projetos Especiais

 

A administradora do Gama, Joseane Araújo, explica o entusiasmo da população da cidade com a adoção de áreas públicas como um interesse de participar dos destinos da cidade. “Um marco da minha administração é ouvir a comunidade. Assim é possível saber as demandas da população.”

 

O interesse em adotar praças vai desde construtoras – como é o caso de uma empresa que está construindo um empreendimento imobiliário no Gama, e para tornar o local mais atrativo adotou a área vizinha para reformar – até pessoas físicas, como Júlio Cintra, que adotou a Praça dos Pioneiros de Brasília, também no Gama. Segundo a administradora da região, Júlio cuidou da arborização, do parquinho e da revitalização de calçadas. “Observando as pessoas atravessando a praça é possível sentir a felicidade delas”, comemora Júlio.

 

Estádio JK, no Paranoá: adotado pelo Capital Futebol Clube | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

 

Além das praças

 

O secretário de Projetos Especiais, Roberto de Andrade, fala do sucesso da ação. “Nos surpreendemos com a grande adesão das pessoas ao programa de adoção de áreas públicas. É uma iniciativa que aumenta a consciência cidadã das pessoas. Agora temos até a adoção de estádios. O estádio do Paranoá foi adotado pelo Capital Futebol Clube. O Rajadinha Esporte Clube, de Brazlândia, quer adotar o estádio de lá. No Gama também deverá haver um projeto de adoção do estádio local”, destaca.

 

“É um projeto muito bacana, porque essas parcerias com empresários agregam na construção e no desenvolvimento do DF”, destaca o secretário de Obras, Luciano Carvalho, lembrando que a união de esforços da sociedade civil com o governo traz melhorias dos espaços públicos e ganhos para toda a população.

 

Com o programa Adote Uma Praça, Ariovaldo pôde oficializar a adoção do espaço de que já cuidava desde 1981 | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília

 

Em Ceilândia, três quadras poliesportivas foram transformadas em um centro esportivo. Também há na RA um projeto bem-sucedido de adoção de uma praça por particular. Há 40 anos, Ariovaldo Borges cuida de uma área na QNO, Conjunto H, Setor O. Com o programa Adote Uma Praça, ele pôde oficializar a adoção do espaço de que já tomava conta desde 1981. “Alguns moradores até arrancaram árvores. Por um período fiquei tão chateado que parei de cuidar e o lugar virou um lixão, cheio de ratos e mosquitos. Fiquei triste, mas resolvi voltar a cuidar e estou muito feliz. Agora posso continuar cuidando porque sou um parceiro do governo”, contou.

 

No Plano Piloto, dos 12 processos inaugurados, podemos destacar o do Setor Hospitalar Sul e do Setor de Rádio e TV e o Beco da 506 Sul. Este último se transformou em espaço de convivência. A Confederação Nacional da Indústria (CNI), que adquiriu o prédio do antigo Touring juntamente com o Sesi, adotou as praças próximas à edificação. Roberto de Andrade comemora o sucesso do Adote uma Praça e aposta na expansão do programa para vários tipos de equipamentos públicos.

 

O secretário de Governo, José Humberto, lembra que o Adote uma Praça foi uma forma que o governador Ibaneis Rocha encontrou para que a sociedade participasse do desenvolvimento de áreas públicas, principalmente aquelas que trazem benefícios diretos para as suas regiões. “É o governo possibilitando, com autorização e sem burocracia, e o empresário executando a obra de acordo com o interesse da comunidade, sem a burocracia da licitação e no menor tempo possível.”

 

 

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