Estação de telessaúde auxiliará no atendimento de populações vulneráveis

Com o tema “Transformação Digital na Saúde”, a sexta edição da Feira de Soluções para a Saúde expõe aos visitantes, até esta quarta-feira (29), no Millennium Convention Center/Clube Ascade (SCES Trecho 2, Conjunto 10, Lote 18), o projeto da Estação de Telessaúde Integrada de Bem-Estar, que tem como objetivo democratizar o acesso à saúde e promover o autocuidado fora do ambiente hospitalar.

A feira é promovida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com a Secretaria de Saúde do DF (SES) e patrocínio da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF).

O projeto foi desenvolvido na Faculdade de Ceilândia da Universidade de Brasília (UnB), com a expectativa de reduzir filas de espera e os deslocamentos para unidades hospitalares, pois as estações deverão ser instaladas próximo aos pacientes e os agendamentos são feitos por aplicativo. Desde 2022, a telemedicina está autorizada no âmbito da SES.

“A estação tem de estar na periferia, na comunidade. É muito mais que um aplicativo ou um celular, porque sabemos que, para fazer a telessaúde funcionar, é preciso muito mais que uma teleconsulta”Vivian da Silva Santos, professora da UnB responsável pela prova de conceito do projeto

A estação é uma cabine equipada com itens básicos para atendimento, como medidor de pressão, oxímetro, termômetro e balança de bioimpedância. O espaço possui três câmeras em diferentes ângulos para facilitar as avaliações, com imagens enviadas em tempo real ao profissional de saúde, que pode atender a partir de qualquer lugar. No chão, um tapete auxilia na orientação quanto ao posicionamento do paciente durante a consulta.

O sistema

Faz parte do equipamento um sistema de auto-higienização, com ozônio e lâmpadas de raio ultravioleta UVC, que reduz riscos de transmissão de doenças respiratórias. Espelho e um espaldar possibilitam aos pacientes se exercitar e auxiliam na conscientização sobre os movimentos do corpo. Há também barras de segurança e recursos de acessibilidade.

Por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), a estação permite triagem, orientação, reabilitação supervisionada e práticas integrativas, além de consultas em diferentes especialidades.

O equipamento busca aprimorar o atendimento à população vulnerável. “A estação tem de estar na periferia, na comunidade”, defende a professora da UnB Vivian da Silva Santos, responsável pela prova de conceito do projeto. “Ela será o lugar onde o paciente poderá ser atendido com qualidade e permitirá que o SUS tenha infraestrutura para realizar atendimentos a distância. É muito mais que um aplicativo ou um celular, porque sabemos que, para fazer a telessaúde funcionar, é preciso muito mais que uma teleconsulta”.

Telessaúde

Atualmente, a SES estuda a expansão da oferta de serviços de saúde aos três níveis de atenção, de forma virtual. A expectativa é utilizar a tecnologia como teleconsulta, teleinterconsulta, telediagnóstico, teletriagem, telerregulação e telematriciamento.

O serviço de telemedicina consiste no uso da tecnologia para assistência, prevenção, promoção de saúde, educação e pesquisa. No DF, exemplo foi a cooperação entre o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (ProadiSUS) com o Hospital Albert Einstein, em junho deste ano, a partir de quando 15 unidades básicas de saúde (UBSs) puderam ofertar teleconsultas em sete especialidades médicas.

Confira a programação da Feira de Soluções para Saúde.

*Com informações da Secretaria de Saúde do DF

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